sexta-feira, 18 de julho de 2008

Dolores Duran

Ontem eu chorei! Chorei de emoção ao poder assistir de forma resumida o especial da TV Globo sobre Dolores Duran (nome verdadeiro: Adiléa da Silva Rocha).
Dolores marcou minha vida desde quando eu era pequeno e minha mãe colocava os Lps dela para tocar na radiola (sim leitores, era radiola o que hoje chamamos de mini-system, home-teather, etc.) lá de casa.
Ouvir "Castigo", "Fim de Caso", "Por Causa de Você", "Estrada do Sol" (essa é minha preferida) e outras pérolas musicais da lavra da cantora/compositora era algo que mexia comigo. As letras lindas, e ao mesmo tempo tristes, me instigavam a buscar o porque de tanta melancolia que aquela voz singular expressava, mas a resposta não vinha.
Então eu perguntava a minha mãe quem era Dolores Duran e minha mãe respondia que ela tinha sido uma cantora espetacular e que tinha morrido bem nova, vítima de um ataque de coração.
Pobre Dolores (eu pensava) poderia ter vivido mais, ter sido mais feliz, ter tido filhos, enfim, ter envelhecido como a maioria das pessoas e aí sim, morrer com seus setenta, oitenta ou quem sabe noventa anos.
Mas ontem vi que aquela moça viveu e foi feliz a seu modo. O poeta Lobão uma vez disse: "é melhor viver 10 anos a mil do que mil anos a 10", e foi assim que Dolores viveu... intensamente (a mil por hora) cada segundo de sua breve vida.
Sua música nunca (pelo menos para mim) sairá de cena. A obra de Dolores é atemporal, é algo para quem tem alma, para quem gosta de viver e para quem ama, afinal de contas... todos os dias "é de manhã e vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu, ainda estão a brilhar, ainda estão a dançar, ao vento alegre que me traz esta canção..."
José Smith Junior

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