sábado, 14 de junho de 2008

Copa do Mundo de Futebol - 1958 (1958 Fifa World Cup) - Parte 1


Em 1959 Nelson Rodrigues escreveu na revista Manchete Esportiva o seguinte: "O escrete deu-nos a maior alegria de nossas vidas. Tornou qualquer vira-lata um campeão do mundo".

A frase acima citada era uma referência à conquista pelo Brasil da Copa do Mundo de 1958 realizada na Suécia, onde enterramos de uma vez por todas o trauma causado pela derrota para a Celeste Olímpica (Uruguai) na final de 1950 em um Maracanã lotado.

Após nossos fiascos de 1950 e 1954 a CBD - Confederação Brasileira de Desportos montou um esquema de treinamentos único para os padrões do esporte bretão na época. Os jogadores fizeram condicionamento físico em aparelhos próprios e foram submetidos a uma bateria de exames médicos.

Paulo Machado de Carvalho como chefe da delegação brasileira soube impor ao grupo a organização que faltou aos escretes antecessores; Vicente Feola comandou o time com uma tática de jogo inédita na época, o 4-3-3 (onde recuava Zagalo para o meio-campo); Dr. Hilton Gosling (médico) e Dr. João Carvalhaes (psicológo) foram responsáveis pela saúde física e mental dos jogadores; Paulo Amaral foi o preparador físico dos atletas e Mario Américo era o massagista do escrete canarinho.

Mas nada disso seria suficiente se não fosse o talento nato dos jogadores brasileiros, onde, cito aqui, um por um:

Nilton De Sordi (São Paulo)

Gilmar dos Santos Neves (Corinthians)

Luiz Bellini (Vasco da Gama)

José Ely Miranda, o Zito (Santos)

Orlando Peçanha de Carvalho (Vasco)

Nilton dos Santos (Botafogo)

Manoel Francisco dos Santos, o Garrincha (Botafogo)

Waldir Pereira, o Didi (Botafogo)

Edvaldo Izidio Neto, o Vavá (Vasco)

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé (Santos)

Mario Lobo Zagallo (Flamengo)

Carlos José Castilho (Fluminense)

Djalma Santos (Portuguesa de Desportos)

Mauro Ramos de Oliveira (São Paulo)

Dino Sani (São Paulo)

Zózimo Alves Calazans (Bangu)

Valdemar Rodrigues Martins, o Oréco (Corinthians)

Joel Antonio Martins (Flamengo)

Moacir Carvalho Pinto (Flamengo)

José João Altafine, o Mazzola (Palmeiras)

Edvaldo Alves Santarosa, o Dida (Flamengo)

José Macia, o Pepe (Santos)

A reunião da organização da seleção brasileira e a habilidade singular de cada jogador possibilitou que, em 29 de junho de 1958 no estádio Rasunda (Estocolmo-Suécia), o capitão Belini ergue-se a taça Jules Rimet, após a vitória de 5 x 2 do Brasil sobre a Suécia. Depois de seis edições da copa do mundo (a primeira foi em 1930) finalmente éramos campeões, os maiores do futebol mundial.

A Copa de 1958 revelou ao mundo o garoto Pelé, mas nela também foram destaques Just Fontaine (artilheiro da França) e Lev Yashin, o aranha-negra (goleiro da URSS).

Para homenagear os 50 anos de conquista da copa de 1958 vou postar aqui uma sequência de cromos que digitalizei de um álbum de fotos que achei perdido na casa da minha avó, lá na rua São Pantaleão, nº 147. Espero que gostem da iniciativa.

Abraços a todos(as) leitores(as) do blog.

José Smith Junior
PS: a foto acima é a digitalização da capa do álbum publicado na época pela Editora Aquarela Ltda, cujo endereço é (ou era) na Avenida Cásper Líbero, 58, 1º andar, Sala 108, São Paulo-SP.

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