terça-feira, 29 de abril de 2008

Fotografia contra luz


Foto tirada em 2001 no MHAM - Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Aproveitei o fim da tarde, por volta das 17:00h e fiz o clique. Acho que ficou um bom trabalho e a foto é uma das minhas preferidas.

domingo, 27 de abril de 2008

Aniversário de Brasília (48 anos)


Opinião própria: Juscelino Kubitschek foi o maior estadista brasileiro e deixou um legado histórico que se chama Brasília. A ele (Juscelino) coube transformar em realidade o sonho de interiorizar a capital deste enorme Brasil.


Os portugueses ao chegarem aqui no Brasil se limitaram a ocupar a imensa faixa litorânea banhada pelo Atlântico, evitando incursões ao interior do recém descoberto território brasileiro, o que foi objeto de críticas ainda na época da colonização, pois segundo o Frei Vicente do Salvador (1564-1639) os portugueses deveriam explorar mais o Brasil e não se contentarem em andar arranhando o mar como caranguejos.


Já em 1789 a Inconfidência Mineira tinha como uma das bandeiras a mudança da capital do Rio de Janeiro para São João Del Rey, em Minas Gerais, entretanto a idéia não vingou, muito pelo contrário, acabou no cadafalso. Mas a semente lançada pelos inconfidentes perdurou por dois séculos tendo empolgado José Bonifácio e o jornalista Hipólito José da Costa.


Tendo ido a Portugal completar os estudos, Hipólito José da Costa (1774-1823) formou-se em três graduações: Filosofia, Direito e Letras. Homem culto (defensor do Iluminismo), Hipólito José da Costa, em seus artigos, defendia a necessidade de transferir a capital para o Planalto Central.


Em 09 de outubro de 1821, José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) providenciou dar um caráter institucional à questão da interiorização da capital, quando redigiu aos deputados da província de São Paulo às cortes de Lisboa, sugerindo a criação de uma cidade central no interior do Brasil para assento da Corte de Regência.


Em 1955, segundo assentamentos de José Asmar (O Legislador da Construção de Brasília), Juscelino Kubitschek ao dialogar com um homem do povo (Antônio Carvalho Soares - profissão: coletor estadual) em Jataí (sudoeste de Goiás), foi surpreendido com a seguinte pergunta:


"O senhor vai cumprir a Constituição, que determina a mudança da Capital Federal?"


Ao que respondeu: "Vou!"


Este dia, o 04 de abril de 1955, foi a data decisiva para o início do projeto de construção de Brasília e, no comício seguinte de JK em Porto Alegre, ele reafirmava: "É compromisso indescartável!" (construir Brasília).


Em 21 de abril de 1960, após três anos e dez meses nascia Brasília, que segundo Dinho Ouro Preto (Capital Inicial): "tem as ruas com cheiro de gasolina e óleo diesel, por toda a plataforma, você não vê a torre."

Sem eira nem beira


Os casarões e sobrados do Brasil Colonial eram construídos tendo como cobertura um imenso telhado feito com telhas de barro sobrepostas. Aqui em São Luís, e na maioria das cidades históricas do Maranhão, tal técnica de construção de telhados foi bem utilizada pela elite econômica da época, com um ponto que vale a pena destacar: abaixo do telhado eram feitos detalhes em forma da letra "M", detalhes estes que se chamavam de eira e beira. O adorno da eira e beira, além de decorativo, era um indicativo da posição sócio-econômica do proprietário do imóvel. Quanto mais detalhes, mais abastado era o dono do casarão ou sobrado. Daí vem o adágio popular: fulano não tem eira e nem beira, ou seja, fulano não tem posses, não tem dinheiro.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Casarões da rua Afonso Pena


A rua Afonso Pena se incia em uma bifurcação existente na praça João Lisboa e termina no bairro do Portinho (próximo ao mercado do peixe). A mesma possui um belo conjunto arquitetônico tendo, no contexto geral, pouca descaracterização do seu conjunto original. Foto tirada em 13 de abril de 2008 por volta das 16:30h.

sábado, 19 de abril de 2008

Igreja do Carmo


Belo templo religioso que se destaca pela imponência da sua construção datada de 1627. Em 1641 os holandeses invadiram o Maranhão tendo os portugueses transformado a igreja em fortaleza de resistência no ano de 1643 (a invasão holandesa perdurou até 1644). Em 1866 toda a fachada frontal da igreja foi revestida de azulejos portugueses. Localiza-se na praça João Lisboa (centro histórico de São Luís-MA - fotografia tirada em 13 de abril de 2008 por volta das 16:20h).

domingo, 13 de abril de 2008

Mais um casarão que cai no centro histórico de São Luís




Na madrugada do dia 02 de abril de 2008, por volta das 03h:30min, desabou mais um casarão situado no centro histórico de São Luís-MA.


O prédio (ou o que restou dele) se localiza na rua do Sol nº 607, e não resistiu ao intenso período de chuvas que assola a capital maranhense.


A bem da verdade, em meus quase 40 (quarenta) ciclos solares, eu nunca tinha visto o imóvel ser alvo de uma boa reforma ou qualquer ação que pudesse lhe devolver a dignidade dos tempos de outrora.


Desde pequeno me acostumei a olhar o velho casarão daquele jeito: abandonado, sem pintura nas paredes e com as janelas de madeira meio quebradas, o que lhe configurava um aspecto sombrio e tenebroso.


Durante uns 15 (quinze) anos, da minha infância até chegar na adolescência, eu sempre ia cortar o cabelo na barbearia do "Seu" Totó (do barbeiro Antônio que trabalhava ao lado do casarão) e a fachada do prédio se mantinha inalterada, denunciando que seu destino já estava traçado, era questão de tempo vir ao chão.


Nas minhas contas, desde que me dou por gente, o casarão se sustentou - sozinho - por quase 40 (quarenta) anos... desse jeito fica difícil afirmar: é preciso amar a cidade pois, São Luís, te quero bela!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Rua 28 de julho


Hoje eu estou postando essa foto para demonstrar que a rua 28 de julho não pode (e nem deve) ser conhecida nacionalmente como uma rua de São Luís do Maranhão que um dia abrigou as "proletárias noturnas".
A rua foi batizada com esse nome numa alusão à data de 28 de julho de 1823, dia em que o Maranhão aderiu à independência do país declarada por Dom Pedro I em 07 de setembro de 1822.
O Maranhão - leia-se as elites econômica da época - se recusou a aderir à independência do Brasil por questões puramente econômicas. Nosso estado era, naqueles tempos, uma rica e próspera província com estreitas ligações comerciais com Lisboa (em Portugal), e praticamente ignorava as decisões emanadas do Rio de Janeiro. O Maranhão tinha uma verdadeira autonomia política e financeira em relação ao resto do Brasil.
No entanto, em 28 de julho de 1823, Lord Cochrane, um mercenário inglês a serviço do Império do Brasil, ancorou na baía de São Marcos e ameaçou bombardear a cidade de São Luís, que finalmente capitulou e veio a promover sua adesão à independência do Brasil. Esta data é feriado estadual no Maranhão.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Vazante da maré em fim de tarde na rampa Campos Melo


Localizada no bairro da Praia Grande, a rampa Campos Melo foi construída em 1862 para servir de atracadouro para as embarcações que vinham do interior do estado e de outros locais do Brasil e do mundo.

Atualmente continua a ser utilizada para o embarque e desembarque de passageiros e mercadorias das cidades interioranas do Maranhão.

Talvez o fato mais marcante desta localidade de São Luís-MA tenha sido o naufrágio do navio Maria Celeste em 16/03/1954.

O Maria Celeste era um navio cargueiro fabricado pelo estaleiro Kane S. B. Co. em 1944, cujo armador era a Companhia Navegação São Paulo. A embarcação tinha 54m de comprimento e capacidade de deslocamento de 632t. No momento da explosão sua carga era de 1.000 cilindros de parafina e 3.000 cilindros de combustível. O acidente deixou um saldo de 16 (dezesseis) vítimas fatais e os destroços do navio queimaram durante três dias.

É da rampa Campos Melo que partem diariamente os barcos com passageiros (e muitos turistas) para a cidade histórica de Alcântara-MA.